ESTAMOS LIGADOS PELOS SENTIMENTOS

Trecho do livro "Fala Miguel", de Maria Helena M. Lapenda, uma obra psicografada que narra o falecimento e a trajetória, no novo plano de vida, do jovem Miguel Luiz Lapenda, assassinado aos 20 anos de idade, em setembro de 2000, vítima de assalto
Amanheceu, era domingo, dia que praticamente estamos de “folga”. Era um domingo lindo de sol, aqui, todos os domingos são lindos, todos da colônia amanheceram em festa, pois sabíamos que os que tinham chegado aqui ontem, estavam ótimos, vinham de outra colônia e foram promovidos para estudarem na Universidade. Estávamos esperando a apresentação, pois logo depois delas temos o costume de fazer festas. As nossas festas têm música, poesias, lanches leves e muito bate-papo.

Estávamos na praça principal da colônia, numa temperatura como se fosse na Terra, a primavera, com uma brisa suave, ouvimos um grito de dor, era uma jovem que acabava de chegar na colônia, chorava inconsolada com a separação dos pais. O mentor me mostrou numa máquina tipo TV, que toda vez que os familiares aumentavam o choro, ela aqui, também aumentava. É incrível como nós estamos ligados aos nossos, pelos sentimentos.

Ela se chama Patrícia, é uma jovem linda, uma super gata, que desencarnou como eu, foi assassinada, mas nem ela e nem os familiares se conformavam. Como a Patrícia é um espírito que em outras vidas aqui no mundo espiritual viveu junto comigo e com outros amigos, resolvemos trazê-la aqui para a Colônia para acompanhá-la de perto, pois nessa última encarnação ficou com muitas ilusões, por ser linda, rica e poderosa. Tudo isso junto, é uma prova muito forte; é difícil que se passe com total sucesso. Quando ela começou a chorar, os mentores mais evoluídos, com mais experiência, vieram dar passes. Foi aí que ela se acalmou e foi levada para a enfermaria. Apliquei passes, coloquei as minhas duas mãos em sua testa, das minhas mãos saía uma energia colorida.

Patrícia foi relaxando, até adormecer e ficar completamente solta, leve. Aproveitei a oportunidade e a desliguei da sua família terrena, para que ela ficasse um pouco em paz. Quando abriu os olhos e me viu ao seu lado, me deu um grande abraço emocionado, e falou: "Como é bom estar com vocês, meus irmãos, onde encontramos quem nos dê forças para superar a separação dos meus familiares". Eu respondi: "Esta separação é temporária. Reaja e conte com todos nós para te ajudar, te dando forças nesta batalha. Escrevendo este livro vamos poder ajudar muitas mães a ficarem bem, na paz, para que elas dêem paz para os filhos desencarnados." E ela escutava o que eu estava falando com muita atenção.

Passados três meses desde que ela chegou e já bem recuperada, voltou a fazer parte da nossa grande família, a nossa família da Colônia São Bernardo. Aqui é a nossa casa, onde estamos em crescimento. Não me sinto distante da minha família da Terra, só não existe mais a matéria que volta ao pó e o espírito volta ao céu, onde é e sempre foi o seu lugar.

Hoje dez meses depois que desencarnei, vou vivendo tão feliz que até estranho : é o tempo todo só felicidade, sem brigas pela sobrevivência, sem ter que ter dinheiro para comprar minha casa e tudo que quiser. O nosso dinheiro aqui no céu é a fé que temos em Deus, a confiança que com ele tudo podemos. Na Terra também, mas é mais difícil acreditar que tudo chega do nada. Podemos com Deus sentir muita paz, em situações super trágicas.
Estamos sentados em uma pracinha bem em frente da portaria do prédio, não temos porteiro, tudo funciona pelo nosso pensamento. Orlando, que é um de nossos superiores, chegou bastante apavorado, disse que havia vários jovens que estavam tristes. A razão da tristeza, como sempre, eram os pais, que faziam vibração contrária, ou seja, sentindo saudades com revolta. Choro sem medida afeta a todos os desencarnados que ainda estão em tratamento. Orlando nos levou, eu, Michael, Thomas, Richard, Andréa, Patrícia, Alexandre, Ricardo e Severino, para darmos passes nos jovens e nos pais na Terra. Para a Terra fui eu, Thomas, Andréa, Alexandre e Ricardo.

Chegamos primeiro na casa dos pais do jovem Arnaldo, eles estavam em um estado de dar dó, todos revoltados com Deus, xingando, blasfemando, só que eles não estavam sozinhos, tinham a companhia de espíritos sem nenhuma evolução, que estavam influenciando para a desunião. Como eles não rezavam, não se ligavam em Deus, desde que o filho partiu, eram presas fáceis para espíritos vadios. A mãe vivia na cama muito doente e o pai não parava em nenhum emprego. Os espíritos sem evolução não nos viram, impedimos que eles nos vissem para podermos trabalhar mais tranqüilos.

Começamos a dar passes na mãe, que apesar de estar na cama e doente, tinha uma melhor índole para se ligar às coisas de Deus. Os passes foram fazendo efeito, ela foi sentindo sono, acalmando-se, entrando na faixa vibratória do bem, aí sim conseguimos fazer a mesma coisa com o pai. Ele era o mais revoltado com a partida do filho, era o que mais necessitava de ajuda; ajuda espiritual para que voltasse a viver e para que deixasse seu filho viver em paz. Na hora em que estávamos com as mãos estendidas na cabeça do pai, da própria cabeça, saiam uns raios que pareciam que iam queimar nossas mãos, então aumentamos nossas luzes e só assim os raios começaram a mudar, para faixas de luz, chuva cor prata e cor ouro. Então, ele se acalmou e conseguimos por os dois na cama dormindo.

Os pais precisam tomar consciência que a morte física de um filho, resulta em um trabalho diário de adaptação dos pais com a separação até os dias em que também virão para o Além. É um exercício diário de amor, resignação, confiança em Deus e humildade. Voltamos para a Colônia e Arnaldo já estava bem depois de um tratamento intensivo. Estamos todos maravilhados, como a vida muda! Nos comparamos com rio que corre para o mar, sempre que desvia do seu caminho, demora para chegar onde deve chegar,

Se nós soubéssemos, ainda encarnados, como é fácil viver, tudo seria diferente. Tudo nos é ensinado pelos ensinamentos de Jesus, só que não damos atenção, dizemos que já sabemos e fazemos tudo do nosso jeito egoísta e sem fé. Mas a vida ensina e ela também não tem pressa.

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1 Comentários

  1. Olá! No dia 28 de agosto de 2012, meu amado filho de 19 anos após 30 dias de ter tido um AVC, faleceu. Cheguei da Escola e o encontrei "desmaiado"... fiz a masagem cardíaca, chegou a SAMU, fizeram a reanimação, mas após uma hora ele faleceu... Foi o pior momento da minha vida... Sofri e sofro muito... A pior dor que já senti... A saudade é imensa... Fiz tratamento com psiquiatra e tomei remédio... Li vários livros. O primeiro foi "Violetas na janela", depois "Nada é por acaso"... "Mensagens", "Joias da alma", "Nossos filhos são espíritos" e muitos outros... Essas leituras me instruiram em assuntos que eu desconhecia... Sei que posso cuidar do meu Eduardo daqui mesmo com orações e enviando amor e carinho através dos mentores, espíritos de luz e anjos... Agradeço a Deus imensamente pela minha vida pois pude ser a mãe dele e continuo sendo! Com fé e esperança acredito que um dia nos reencontraremos. É essa certeza que me mantém viva e me dá força de continuar a minha missão pois tenho um filho de 8 anos e muitos filhinhos do coração que são meus alunos.

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