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A MÃO QUE PROTEGE

Fotos Laílson Santos

"Era véspera de Ano-Novo e eu estava ansiosa para sair do trabalho. A caminho de casa, o carro apresentou problemas. Apesar da pressa, encostei para ver o que estava acontecendo. Quando abri o capô, fui atropelada. Ficou tudo turvo. Estava consciente na ambulância e ouvia: ‘Fique calma’, ‘Não mexa a cabeça’. No hospital, porém, apaguei. Foram três horas de coma. Só me lembro depois da sensação de estar segurando a mão de minha mãe. Sentia-me segura."
Eliete de Cássia Rocha, 48 anos, técnica de enfermagem

COMO SE FOSSE APENAS UMA NOITE


"Em 2008, depois de participar de uma prova de jet ski, decidi ficar mais um pouco na água. Era fim de tarde, o sol estava na altura dos meus olhos, quando fui surpreendido por outro jet ski, que bateu na minha cabeça. Fiquei durante doze dias em coma. Mas foi como se eu tivesse dormido em um dia e acordado no outro. Não me lembro de absolutamente nada desse período. Quando abri os olhos, fiquei aflito por não reconhecer o lugar em que estava. Mas logo ouvi minha mãe dizer que me amava. Encontrei o chão com aquelas palavras."
Atef Zein Sammour, 15 anos, estudante

PAZ ABSOLUTA


"Em 1991, estava na calçada, esperando para atravessar a rua, quando um carro veio para cima de mim. Sofri um traumatismo craniano que me deixou em coma por três semanas. Tive a sensação de ter encontrado minha avó querida, que já havia morrido. Passeava com ela em uma praça. Podia até sentir a sua respiração. Era a paz absoluta. Só experimentei essa sensação novamente no parto do meu filho Miguel, três anos atrás."
Ana Cecília de Lima Quintana, 38 anos, técnica de computadores

DEZ DIAS DE VAZIO


"Aconteceu no ano passado. Tudo começou com uma dor de cabeça muito forte. Estava no banho, depois de um dia normal de trabalho. Comecei a vomitar. Assustada, chamei meu pai e ele me levou para o hospital. Durante a consulta com o médico, minha língua, meu nariz e minha boca adormeceram. Apaguei. Só soube que havia sofrido um aneurisma cerebral dez dias depois, quando acordei do coma. Foram dias de vazio absoluto para mim. É como se esses dias não tivessem existido em minha vida."
Taissa Rivero Hernandes, 22 anos, analista financeira
A partir da revista Veja. Leia no original

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