ATOR PEDIU AJUDA A CHICO PARA FAZER CENA DA SÉRIE

Matheus Costa na microssérie ‘Chico Xavier’
A maior dificuldade de Matheus Costa na microssérie ‘Chico Xavier’, em exibição na Globo, não foi chorar ou passar emoção nas cenas de sofrimento. Intérprete do médium mineiro na infância, o ator mirim tentou diversas vezes rodar um pião na areia. Mas só fez o brinquedo girar depois de implorar por uma mãozinha dos céus. “Pedi uma ajuda a Chico Xavier. Aí, consegui rodar o pião e botá-lo na mão”, conta.

Matheus, de 12 anos, treinava duas horas por dia e teve até professor para ensiná-lo a usar o brinquedo de madeira, lançado com ajuda de um fio. O diretor Daniel Filho diz que poderia ter feito a cena digitalmente, mas preferiu filmar à moda antiga. “Quando ele conseguiu, deu pulos de alegria. Matheus foi brilhante, dedicado. Na preparação, teve aulas de prosódia para conseguir o sotaque”, elogia o diretor.

Para viver o médium mais famoso do País, Matheus também leu o livro ‘As Vidas de Chico Xavier’, no qual está baseada a produção. Antes de filmar, usava o perfume preferido de Chico, o madeira de cedro, um presente dado por Ângelo Antônio, que interpreta o paranormal na fase adulta. “Era uma maneira de estar conectado com Chico”, afirma o garoto.

Entre as cenas inéditas da microssérie, que mostra mais detalhes da infância do médium, Matheus destaca uma: a sequência em que seu personagem escapa da morte após ficar preso na linha do trem, em cima de uma ponte. “Ele pula num buraco, mas a camisa dele prende num prego. Quando a roupa rasga,ele cai e se salva”, adianta.

O ator deixou a emoção aflorar nas cenas em que Chico sofre nas mãos da madrinha (Giulia Gam), que o espetava na barriga com um garfo. “A Giulia me pedia desculpas antes de gravar. Fazer a cena não foi difícil. O mais complicado é saber que ele sofria tanto”, lamenta o ator, que fará a próxima novela das seis, ‘Cordel Encantado’.

De família católica, Matheus garante que tirou lições do filme: “Acredito no Chico. Aprendi que a gente tem que amar o próximo sem esperar nada em troca”. 

A partir de O Dia. Leia no original

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