INDEPENDÊNCIA DO BRASIL


Sete de setembro de 1822, às margens de um ribeirão, retornando de uma viagem cansativa sobre o lombo de um muar, ele então, pressionado por um lado pelas cobranças históricas do reino, por outro pela inegável necessidade de uma nova ordem política e social correspondente aos anseios de um povo sofrido e esperançoso, tem sua tez sensibilizada pela sintonia de espíritos martirizados de outrora e que agora lhe servem de conselheiros, entre eles Tiradentes, sorvendo a tênue sensação do envolvimento a lhe assegurar decisão histórica, não fruto de um delírio momentâneo, mas ato retratado de consistência real, a declarar não somente a independência de um território, mas acima de tudo o de estabelecer condições de se criar neste mundo novo, o porto seguro por onde criaturas milenares estariam a se reencarnar, livre das vicissitudes do velho mundo, de suas lembranças e paixões históricas, navegando pelas rotas de seus corações, abrigados das tempestades da alma secundadas agora pelos desígnios do plano superior.

E assim o fez Dom Pedro I ao empunhar a sua espada, INDEPENDÊNCIA OU MORTE!. Em verdade não estava só, abnegados cooperadores do plano espiritual, entre eles Tiradentes e Ismael, se faziam presentes, sustentando o ato que seria o norte da caminhada em direção ao novo porvir.

“Já podeis da Pátria Filhos, ver contente a mãe gentil, Já raiou a liberdade, no horizonte do Brasil.”


Como não poderia deixar de ser, passamos a ter uma mãe gentil, um solo abnegado, recebendo e agregando índios, negros, amarelos, brancos, e todas as matizes de almas endividadas aportando neste território livre, eis que já raiou a liberdade do Brasil.

Durante cento e oitenta cinco anos este país tem recebido em seu seio, espanhóis italianos, alemães, poloneses, japoneses, africanos, libaneses e tantas outras raças compondo a maior etnia já vista nos últimos tempos.

E com eles, os traços de espiritualidade fortalecidos pela tradição e fé, singrando todo o espaço continental, a calcar fundo uma religiosidade de expressão, superior até mesmo as das suas nações de origem.

E esta tamanha miscigenação, se prestou e se presta para acolher espíritos reencarnantes oriundos de várias culturas e tradições do orbe terrestre, de elevado senso de amor ao próximo, respeito às tradições e acima de tudo, crentes em espírito transformando este país em um celeiro de imensas riquezas espirituais.

Além da fraternidade e solidariedade observada em nosso povo, também temos que registrar o progresso social e cultural, que tem sido menosprezado, até mesmo por conta da cultura de submissão dos povos humildes que compõem a base produtiva deste continente conhecido como Brasil.

Nós, brasileiros, estamos a desenvolver o projeto genoma seqüenciado o DNA humano, somos o único país em toda ORBE, a ter o sistema eleitoral totalmente informatizado, nosso palco industrial detém 14 fábricas de veículos e logo serão 18 sendo que na América do Sul, a grande maioria dos países, não tem nenhuma. Das crianças e adolescentes entre 7 e 14 anos, 97,3% estão estudando. O mercado de telefones celulares do Brasil é o segundo do mundo, com 650 mil novas habilitações a cada mês e a telefonia fixa, em nosso país ocupa a quinta posição em número de linhas instaladas. O nosso mercado editorial de livros é maior do que o da Itália, com mais de 50 mil títulos novos a cada ano. Temos o mais moderno sistema bancário do planeta e as nossas agências de publicidade ganham os melhores e maiores prêmios mundiais. E mais, somos o país mais empreendedor do mundo e que mais de 70% dos brasileiros, pobres e ricos, dedicam considerável parte de seu tempo em trabalhos voluntários.

Neste momento em que nos aproximamos da data histórica de 7 de setembro, que marca a epopéia de centenas de espíritos iluminados, encarnados e desencarnados, que se dedicaram profundamente a construir um rincão onde poderíamos expiar faltas e construir laços de fraternidade ungidos de amor em direção as hostes celestes, conclamamos você a meditar com o auxílio da filosofia espírita, a mais liberal filosofia que o mundo já conheceu, que respeita todas as experiências terrestres, que ajuda as criaturas a compreender o verdadeiro sentido da vida, a respeito desta nossa Pátria, do Brasil, da nossa verdadeira destinação: Brasil Coração do Mundo, Pátria do Evangelho.

É chegado o momento em que devemos assumir uma Postura Mental Patriótica, não como aquelas vistas ás vésperas de campeonatos de futebol, mas uma postura conscienciosa com o espaço físico terrestre que nos assegura o exercício de cidadania, respeito e amor ao próximo.
São apenas cento e oitenta e cinco anos de Independência, mas devemos tomar consciência de que o país melhor somente se construirá a partir das consciências individuais esclarecidas e operantes. Essa é a grande chance que você, eu, e todos nós temos de trabalha pelo bem da comunidade brasileira, melhorando o padrão cultural do povo, empenhando-nos não só em alfabetizar as nossas crianças, mas acima de tudo em lhes infundir o censo de amor a cerca deste paraíso que nos acolhe nesta jornada.

Esta é a grande chance de praticar a fraternidade respeitando a urbanidade social, demonstrando o nosso repúdio ao “famoso jeitinho”, ou então em relação à “Lei de Gerson”, submetendo-nos as nossas obrigações do nosso plano de vida...

Ainda que a corrupção esteja instalada em nossos meios públicos, devemos adotando essa Postura Mental Patriótica, repudia-la de forma enérgica, lembrando que ela não desaparecerá do meio público, se em nosso lar ou no nosso relacionamento interpessoal agimos como corruptos.

“O país é sempre o retrato dos que o compõem. Feliz ou infeliz, nobre ou vil, é a soma dos indivíduos que nele se nutrem.

Honrados com a chance de habitar um país tropical, coração do mundo e pátria do Evangelho, cabe-nos o dever inadiável de realizar o melhor, por mínima parcela de gratidão que seja.

Quando assim procedermos teremos aprendido a lição do amor à Pátria, à Terra em que renascemos ou que nos adotou. Nesse dia, sem medo, nos será permitido cantar com o compositor popular: “Meu coração é verde, amarelo, branco, azul anil...”
No dia 7 de setembro, faça uma prece pelo seu país.
O autor Ademir Munhoz é advogado, perito judicial e um estudioso da Doutrina
Espírita. Palestrante e dirigente, atua na região de Sorocaba (SP).

Fontes: "Brasil Coração do Mundo, Pátria do Evangelho" - F.C. Xavier.
Sites relacionados: Momento Espírita, Guia de Referencia, Plenus.Net, Antropos Consulting, OBRAS BÁSICAS.

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