
Por Tiago Carvalho
Edição: Lauro Henriques Jr.
Simplesmente porque a vida atual se transformaria numa grande confusão. Imagine, por exemplo, o quão desagradável seria se você soubesse que hoje trabalha ao lado de alguém que o matou violentamente em uma outra encarnação. Aliás, não seria nada prazeroso para ambos.
Um dos pilares da doutrina espírita é a idéia da reencarnação, segundo a qual nossa alma se encontra, vida após vida, em evolução constante rumo à perfeição (veja matéria no volume 1, pág. 44). Nesse sentido, cada existência pertenceria ao seu devido tempo, legando ao espírito o direito de passar por novas experiências e, com isso, evoluir. Tomemos o caso hipotético que abre a reportagem. Em vez do assassinato cometido em outra vida ser pago na mesma moeda do ódio – o que teria grandes chances de acontecer caso a vítima se recordasse do evento –, o autor do crime deverá passar por alguma vivência por meio da qual possa se redimir de sua falta e se aperfeiçoar.
A existência presente não serviria apenas para a correção de erros passados. Ela seria ainda uma oportunidade de cometer novos equívocos, que, por sua vez, também contribuirão para o aprendizado do ser espiritual. Ou seja, não lembramos do que passou para que possamos aprender com o que virá.
“Allan Kardec nos falou da importância do véu do esquecimento. Podemos imaginar que esse véu é uma membrana entre o nosso consciente e o nosso inconsciente – local onde fica armazenada a memória das outras vidas –, de modo que por essa membrana só passem elemento
s necessários à nossa existência atual”, afirma Arleir Bellieny, terapeuta de vidas passadas e fundador da Associação Médico Espírita do Rio de Janeiro. “Lembramos apenas daquilo que favoreça a nossa evolução.”
Esse bloqueio relativo às memórias de outras encarnações, contudo, não seria intransponível. Para os terapeutas de regressão – muitos deles ligados ao meio espírita –, o indivíduo pode mergulhar em outras vidas para entender eventos que por ventura estejam influindo negativamente em sua existência atual. Mas esse mergulho no “pretérito imperfeito” – que se dá por meio de técnicas de regressão, como a hipnose – deve ser direcionado apenas a fatos específicos, e não com o objetivo de recordar tudo que se passou. A lembrança desordenada das vidas passadas poderia, inclusive, causar distúrbios graves. “Um quadro psicótico, não raro, é efeito da memória indiscriminada de vidas passadas sobre a atual. É como se o véu do esquecimento apresentasse diversos furos, por onde passam recordações indesejáveis que perturbam a pessoa”, diz Bellieny.
Simplesmente porque a vida atual se transformaria numa grande confusão. Imagine, por exemplo, o quão desagradável seria se você soubesse que hoje trabalha ao lado de alguém que o matou violentamente em uma outra encarnação. Aliás, não seria nada prazeroso para ambos.
Um dos pilares da doutrina espírita é a idéia da reencarnação, segundo a qual nossa alma se encontra, vida após vida, em evolução constante rumo à perfeição (veja matéria no volume 1, pág. 44). Nesse sentido, cada existência pertenceria ao seu devido tempo, legando ao espírito o direito de passar por novas experiências e, com isso, evoluir. Tomemos o caso hipotético que abre a reportagem. Em vez do assassinato cometido em outra vida ser pago na mesma moeda do ódio – o que teria grandes chances de acontecer caso a vítima se recordasse do evento –, o autor do crime deverá passar por alguma vivência por meio da qual possa se redimir de sua falta e se aperfeiçoar.
A existência presente não serviria apenas para a correção de erros passados. Ela seria ainda uma oportunidade de cometer novos equívocos, que, por sua vez, também contribuirão para o aprendizado do ser espiritual. Ou seja, não lembramos do que passou para que possamos aprender com o que virá.
“Allan Kardec nos falou da importância do véu do esquecimento. Podemos imaginar que esse véu é uma membrana entre o nosso consciente e o nosso inconsciente – local onde fica armazenada a memória das outras vidas –, de modo que por essa membrana só passem elemento

Esse bloqueio relativo às memórias de outras encarnações, contudo, não seria intransponível. Para os terapeutas de regressão – muitos deles ligados ao meio espírita –, o indivíduo pode mergulhar em outras vidas para entender eventos que por ventura estejam influindo negativamente em sua existência atual. Mas esse mergulho no “pretérito imperfeito” – que se dá por meio de técnicas de regressão, como a hipnose – deve ser direcionado apenas a fatos específicos, e não com o objetivo de recordar tudo que se passou. A lembrança desordenada das vidas passadas poderia, inclusive, causar distúrbios graves. “Um quadro psicótico, não raro, é efeito da memória indiscriminada de vidas passadas sobre a atual. É como se o véu do esquecimento apresentasse diversos furos, por onde passam recordações indesejáveis que perturbam a pessoa”, diz Bellieny.
Texto publicado no Especial 150 anos do Espiritismo - Volume 1 (pág. 11) - Seção "Questões d'além vida", do Almanque Abril, da Editora Abril.
1 Comentários
SOBRE O FATO DE NAO LEMBRARMOS DE VIDAS PASSADAS..EU INFELIZMENTE ...ME LEMBREI..INVOLUNTARIAMENTE..DIGO INFELIZMENTE..PQ..ME PERTURBOU MUITO..LEMBREI DE UMA PESSOA NA QUAL CONVIVEU COMIGO..E QDO A ENCONTREI NESSA VIDA EU IMEDIATAMENTE IDENTIFIQUEI..E A CHAMEI PELO NOME...NAO SEI POR QUAL MOTIVO ISSO AOCNTECEU COMIGO..FOI UM GDE AMOR..Q TIVEMOS..E HJ APÓS CINCO ANOS...NUNCA MAIS O VI NESSA VIDA..SIMPLESMENTE ME LEMBREI DE UMA ESTORIA..Q NAO VIVO HJ..POIS SOU SOZINHA E NUNCA AMEI NINGUEM NESSA VIDA...APÓS ESSA LEMBRANÇA TIVE ENCONTROS ESPIRITUAIS A NOITE C ELE...NOSSA..FORAM TRES ANOS DE QUESTIONAMENTOS..POR E ME LEMBRE..SIMPLESMENTE..P QUE...PARA COMPARAR AS DUAS VIDAS E SENTIR UM ENORME VAZIO DENTRO DE MIN..ATÉ HJ..E ENQUANTO EU VIVER
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