TODOS DESENHAMOS O CAMINHO DA VIDA

Quero, M., começar compartilhando com você uma história do livro "Filhos brilhantes, alunos fascinantes", de Augusto Cury. Conta-se que uma jovem chamada Karen era sociável, bem-humorada e divertida. Vivia sua vida sem grandes sobressaltos, até que passou por um dramático vendaval. Sofreu algumas tonturas, desmaios, e começou a ter sintomas que levaram ao diagnóstico de câncer.O mundo desabou. Ela precisava lutar contra um inimigo que não via, e que estava dentro dela. Passou por algumas cirurgias, quimioterapia... Perdeu o ânimo de se vestir, de se cuidar. Já não sorria, por se sentir feia, diminuída e rejeitada. E assim, construiu conflitos que a bloquearam. Perdeu o prazer de ir à escola, se isolou e se deprimiu.

Certo dia, andava muito abatida nos corredores do hospital, quando ouviu gritos de alguns meninos dentro de uma sala. Resolveu entrar. Viu, então, seis crianças brincando com bexigas. Todas estavam em tratamento de câncer. Convidaram-na para entrar na brincadeira, porém ela se recusou. Então, uma menina de seis anos, pegando nas suas mãos a levou para o centroda sala. Ao ver o sorriso das crianças e a vontade de viver, entrou na folia. Pulou e brincou. Parecia que o mundo tinha parado. As palavras de incentivo que sempre ouviu começaram a germinar. Fortaleceu-se tanto que, mesmo com a queda de cabelo, resolveu voltar à escola. Todavia, ao entrar na sala Karen levou um susto. Ficou perplexa. Não conseguia acreditar na imagem que via. Viu a solidariedade! A maioria de seus amigos e suas amigas rasparam a cabeça para mostrar que estavam juntos nessa luta. Para mostrar que a amavam do jeito que estava. Raramente o amor foi tão longe.

Os sonhos não determinam o lugar aonde vamos chegar, mas produzem a força necessária para tirar-nos do lugar que nos encontramos. Sonhos são mais que desejos. Um sonho é um projeto de vida. Resiste aos problemas. Mas não basta apenas termos sonhos, é preciso também ter fé, confiança... Você me faz algumas perguntas que, talvez, somente você pudesse responder se tivesse conhecimento do que auto-determinou para esta vida. Não quero que tome o que vou lhe dizer — com ajuda de Chico Xavier (livro "Religião dos Espíritos") — como verdade absoluta.

Afinal, cada vida é uma história, uma trajetória, e devemos entender por vida a sucessão de encarnações, cada qual com suas repercussões do passado e implicações futuras. Mas Chico, através de Emmanuel, ensinava que nosso espírito, via de regra, escolhe as provações que experimentará na Terra, entre elas as doenças que enfrentará e que se julga capaz de suportar ou mesmo vencer. Por outro lado, é comum, como a jovem Karen da história acima, que nos rendamos às sugestões do mal, criando em nós não apenas condições favoráveis à instalação de determinadas moléstias, mas também ligações aptas a funcionarem como pontos de apoio para as influências ruins. Viciando o próprio pensamento, atraímos o pensamento viciado de espíritos desocupados, encarnadas ou desencarnadas, que nos rodeiam. Isto mesmo : pessoas que nos cercam e que vivem à nossa volta podem ser tão ou mais perniciosas do que qualquer espírito.

Logo, se nos deixamos influenciar por encarnados ou desencarnados que não nos fazem bem, via de regra, isto nos afeta a razão e nos mantém presos às doenças. Guardemo-nos, assim, contra a perturbação, procurando o equilíbrio e compreendendo no bem a mais alta fórmula para a solução de nossos problemas.

Por isto, dizemos que cada um adquire as doenças que deseja. Esta é uma verdade nos dois planos da vida, pois trazemos, é certo, heranças de vidas passadas que devemos enfrentar com coragem e confiança, eis que são fardos assumidos voluntariamente e que só nos foram permitidos porque Deus acreditou que somos capazes de suportar. De outro lado, devemos estar vigilantes para as enfermidades que criamos neste nova viagem a que nos propomos, pensando positivamente, vivendo com alegria e transmitindo, aos bons e aos maus espíritos que nos rodeiam (vivos ou "mortos") que somos fortes, que somos bons; que acreditamos em Deus e que ele, principalmente, acredita em nós. Assim como Karen, você não deve se deprimir, pois uma pessoa deprimida cuida menos da sua qualidade de vida, diminui sua imunidade, enfraquece sua resistência para lutar. E todos nós precisamos de você. Bem e feliz !

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