ACHO QUE DEUS TEM SEUS FILHOS PREFERIDOS

"Me identifiquei muito com um comentário que li, sobre se sentir fora do contexto no mundo. É exatamente assim que me sinto... Me sinto como se não eu não tivesse o direito de ser feliz, porque em minha vida, quando algo parece que vai dar certo, de repente, tudo despenca, sabe... parece que alguem lá em cima diz assim: "não! ela não tem direito". Já não tenho forças nem para sonhar mais, porque sei que nada vai dar certo. Nunca deu... Já me perguntei inúmeras vezes o que estou fazendo aqui... Não tem sentido... Não acredito em Deus porque acho que se existisse e nos amasse, nos pouparia de algumas coisas desnecessárias mas que nos fazem sofrer... Acho que Deus tem seus filhos preferidos... Igual aos pais mesmo: o filho pode ser o que for, fazer tudo errado, mas ele tem tudo dos pais, todo o amor e proteção que precisam. Estou muito cansada.... nessa estrada da vida, fui perdendo algumas coisas pelo caminho e me sinto como se nada mais tivesse para perder, nem para ganhar.. Estou no fim!!! (Regina - comentário à postagem "As Visitas de Chico Xavier")

Cada espírito tem seus objetivos encar­natórios, objetivos esses que atendem às suas necessidades individuais de aprendizado. E as princi­pais lições a aprender relacionam-se com as situações kármicas, com os testes da vida.

Para entender melhor é preciso esclarecer que o 'karma' não é um objetivo de uma encarnação. O espírito que tem certo discernimento poderá escolher antes de en­carnar quais situações kármicas quer vivenciar, o que cer­tamente haverá de estabelecer algumas imposições e limites a esse espírito. Essas situações kármicas determinarão a família que o acolherá, qual o companheiro que lhe será possível encontrar, quais os filhos que deverá gerar, com quais amigos conviverá, em que grupo racial nascerá e, até mesmo, em qual país encarnará. É interessante conhecer mais sobre a questão do karma, pois isso nos permite com­preender certos fatos relacionados com aquele que desen­carnou e sua ligação com o sofrimento experimentado pelos que o amavam na ocasião de sua morte.

As dificuldades estão entre os objetivos principais do espírito que en­carna. Havendo certa capacidade por parte do espírito, lhe é permitido escolhê-las antes de encarnar. Quando ele tem pouco conhecimento, cabe a Deus estabelecer as condições expiatórias para que cumpra seu aprendizado. Desse ponto de vista, as dificuldades da vida de cada um são excelentes oportunidades de crescimento. Quando corretamente inter­pretadas, as dificuldades que temos representam limites a ultrapassar, e não um sofrimento sem razão de ser. É ver­dade que a dor trazida por uma condição expiatória difícil abate qualquer alma e pode gerar até uma sensação de pe­so insuportável. Mas se for possível manter a mente clara, haverá facilidade para entender aquilo que a dificuldade es­tá tentando ensinar.

Sempre existe uma lição por trás de acontecimentos negativos, sempre há acréscimo de sabedoria a alcançar nos momentos difíceis. Não se trata de ficar conformado, inativo, deixando-se derrubar por algo ruim. É aprender com a dificuldade e depois incorporar o aprendizado à bagagem que o espírito traz. Entendida a lição, partir para novas atitudes, nas quais se incluem todas as maneiras de superar tal dificuldade.

Os espíritos que acumularam alguma luz e podem pas­sar a irradiá-la assumem tarefas espirituais de maior res­ponsabilidade. Quando alguém se dedica à caridade, à ins­trução espiritual, às atividades mediúnicas de alto nível, ao serviço de cura, está cumprindo uma missão. Essa maneira de prosseguir sua evolução afasta muitas das condições ex­piatórias, pois, ao servir, o espírito não está mais visando apenas o seu próprio crescimento, mas está colaborando para que outros espíritos possam melhorar sua situação ma­terial e espiritual.

As provações também são um objetivo encarnatório. São testes para o espírito que já adquiriu algum avanço. Elas existem para mostrar ao homem o que ele realmente alcançou e o que ele pensa que já realizou, mas que ainda está por fazer. Por exemplo: um homem passa anos de sua vida tentando superar a impaciência. Ele tem consciência dessa falha na sua estrutura e deseja eliminar esse compor­tamento. Recorre à terapia, a orações, à meditação e, um dia, acredita que já é senhor da paciência. A partir daí ele pode, a qualquer momento, ser testado para demonstrar se realmente superou sua deficiência. São filas de banco insu­portáveis, subordinados incompetentes, filhos arrogantes, tarefas extremamente repetitivas. Várias situações, em to­dos os níveis, podem aparecer em sua vida para que de­monstre a si mesmo se tem o domínio desejado: o poder so­bre a impaciência.

Existem provações maiores e menores, elas dependem da seriedade do objetivo e da luta interna do espírito. Cer­tos valores espirituais trazem provações dificílimas, pois a alma que os conquista deve mostrar que realmente incor­porou à sua natureza tais valores. Os testes acontecem num grau menor durante a vida em que a alma trabalha para dominar uma deficiência. Depois que se julga possuidor de determinada qualidade, o espírito pode ser testado noutras existências. Nesse caso, os testes são mais severos, exigin­do mais força espiritual para demonstrar sua verdadeira condição. No exemplo acima citado, no qual o domínio da paciência era o objetivo da alma, o mesmo espírito pode ser testado numa outra vida com a necessidade de cuidar por vários anos de uma pessoa entrevada num leito, sem poder sair e viver em liberdade.

Independentemente do objetivo encarnatório, o homem sempre conserva seu livre-arbítrio: ele pode ou não seguir suas determinações. A desistência em alcançar um objetivo significa perda de uma encarnação e dificuldade para reencarnar em outra oportunidade. É uma situação de atraso es­piritual que ocorre cada vez menos à medida que a cons­ciência do espírito vai se firmando.

Entre as razões para a falha no cumprimento de um ob­jetivo encarnatório estão as influências dos espíritos nega­tivos, que tentam a alma com as mais diversas ilusões de satisfação e felicidade eternas, longe dos sacrifícios en­contrados ao trilhar o caminho de um crescimento sadio.

Mas, então, só se cresce por meio da dor? A vida tem que ser uma sequência de padecimentos contínuos? Claro que não! É importante afastar a idéia de que só se consegue superar uma dificuldade por meio de muito sofrimento. To­dos os objetivos encarnatórios trazem em si a capacidade de realizar na mesma vida em que se aprende a lição que eles encerram a transmutação das energias negativas em positi­vas. Isso se faz com vontade firme de agir e serviço, muito serviço, principalmente pelo próximo. O trabalho que era uma expiação pode tornar-se fonte de riquezas materiais e de sucesso. Os relacionamentos familiares e afetivos con­flituosos passam a ser, depois de bem trabalhados, razão de felicidade e harmonia. A saúde frágil é restabelecida quan­do há envolvimento com uma missão e o indivíduo aprende a perdoar. Assim caminhamos, sempre, mas um degrau por vez.

A partir do livro "Como enfrentar situações de perda", de Celina Fioravanti
Imagem : Untitled blue

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2 Comentários

  1. Eu estou exatamente nessa situação , fraco desanimado e conformando que não serei nada nessa passagem. Sem apoio familiar.😔😔😔

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  2. Texto fraco, falou falou e não disse nada.
    Entendi totalmente a leitora, e questão não é superar, aprender e bla bla bla... é simplesmente o porque idolatrar tanto um deus, nos empurram goela abaixo, sendo que as bênçãos são só apenas para algumas pessoas sim!!
    Esse é o ponto, não importa o quanto vc ore, se ajoelhe, chore, se humilhe... o vizinho sempre vai estar "melhor".
    Só isso!
    Parem de dizer que ele é bom, maravilhoso e não sei o que mais, sendo que pra muita gente, muitas crianças abusadas, assassinadas, estupradas, prisioneiros de campo de concentração, e mais infinitos exemplos, ele não foi, essas pessoas foram esquecidas.
    Guarde pra vc, parece que ficam esfregando na cara que tem muito mais "sorte" de coisas boas acontecer do que outros, é frustrante.
    Cada um sabe a dor que carrega

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