
"As escrituras registram que Jesus passou a vida fazendo o bem. O mesmo se aplica a Francisco de Paula Cândido Xavier, o mais famoso kardecista brasileiro e um dos autores mais lido do País. Conheci-o nos anos 50, em Minas. Nos meios católicos contavam-se horrores a seu respeito. Espíritas e protestantes eram "queimados" na fogueira de nossos preconceitos até que o papa João XXIII, nos anos 60, abriu as portas da Igreja Católica ao ecumenismo. Chico Xavier é cristão na fé e na prática. Famoso, fugiu da ribalta. Poderoso, nunca enriqueceu. Objeto de peregrinações a Uberaba, jamais posou de guru. Quem dera que nós, católicos, em vez de nos inquietar com os mortos que escrevem pela mão de Chico, seguíssemos, com os vivos, seu exemplo de bondade e amor". (Frei Betto)
Fonte
Revista "ÉPOCA", 1990 - Editora Globo
Revista "ÉPOCA", 1990 - Editora Globo
Sobre o Autor: Autor de 51 livros, editados no Brasil e no exterior, Frei Betto nasceu em Belo Horizonte (MG). Estudou jornalismo, antropologia, filosofia e teologia. Frade dominicano e escritor, ganhou em 1982 o Jabuti, principal prêmio literário do Brasil, concedido pela Câmara Brasileira do Livro, por seu livro de memórias Batismo de Sangue. Em 1986, foi eleito Intelectual do Ano pelos escritores filiados à União Brasileira de Escritores, que lhe deram o prêmio Juca Pato por sua obra “Fidel e a religião”.
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