Embora a reencarnação seja algo convencional para os mais de 1,25 bilhões de praticantes do hinduísmo e do budismo, não é algo amplamente aceito para aqueles que não seguem uma religião oriental. O ceticismo ocidental na reencarnação está intimamente ligado às religiões monoteístas que focam em uma única vida, uma única alma e um Deus ativo e que não depende de lei kármica. E com alguns “desequilibrados” que anunciam vez ou outra que são a reencarnação de Cleópatra ou de Elvis, não é de se surpreender que muitas pessoas continuam a ser extremamente céticas quando o assunto é a capacidade da alma de retornar repetidamente.
No entanto, esse ceticismo geral não impediu os pesquisadores de explorarem o potencial para a reencarnação. Dr. Ian Stevenson, um psiquiatra acadêmico, estudou a reencarnação nos Estados Unidos até sua morte, em 2007. Stevenson fundou a Divisão de Estudos da Personalidade no departamento de Psiquiatria e Ciências Neurológicas da Universidade de Virgínia. O laboratório, que mais tarde ficou conhecido como Divisão de Estudos da Percepção, centra-se na análise de crianças que lembram de vidas passadas, experiências de quase morte, aparições e comunicações após a morte, experiências fora do corpo e visões no leito de morte.
Stevenson, que frequentemente chamava a reencarnação de “sobrevivência da personalidade após a morte”, via a existência de vidas passadas como uma potencial explicação para diferentes condições humanas [fonte: New York Times - em inglês]. Ele acreditava que experiências passadas somadas à genética e ao ambiente poderiam ajudar a elucidar a disforia de gênero, fobias e outros traços de personalidades inexplicáveis.
Os estudos de Stevenson sobre a reencarnação focavam em crianças pequenas, normalmente entre 2 e 5 anos, que tinham fobias inexplicáveis ou apresentavam memórias detalhadas de vidas passadas. Stevenson tentava confirmar os fatos que a criança apresentava com detalhes da vida de uma pessoa já falecida. Ele algumas vezes fez ligações surpreendentes entre memórias e vidas. Um menino libanês estudado por Stevenson não apenas sabia onde um estranho falecido havia amarrado seu cachorro como sabia também que o homem havia sido mantido em quarentena no seu quarto – um fato que a família atribuiu à sua tuberculose pulmonar.
Stevenson estudou 2.500 casos ao longo de aproximadamente quatro décadas e publicou livros técnicos e artigos. Ele alegou que queria apenas sugerir que a reencarnação era plausível, e não que ele a tinha comprovado com absoluta certeza. Apesar da advertência de Stevenson, seu trabalho foi bastante rejeitado pela comunidade científica.
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Um desafio do além
Embora Stevenson nunca tenha declarado publicamente sua crença na reencarnação, ele expressou seu desejo de se comunicar após a morte. Aproximadamente 40 anos antes de sua morte, o psiquiatra comprou um cadeado de combinação e configurou ele mesmo o código com um dispositivo mnemônico. Ele trancou então o cadeado em um armário e o colocou na Divisão de Estudos da Percepção. Ele falou aos seus colegas que após a sua morte tentaria passar no dispositivo mnemônico. Desde a sua morte, em fevereiro de 2007, o cadeado, porém, não foi aberto.
Sarah Dowdey. "HowStuffWorks - Como funciona a reencarnação".
Publicado em 10 de agosto de 2010. Leia no original
Publicado em 10 de agosto de 2010. Leia no original
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2 Comentários
O blog está maravilhoso!!! As pessoas precisam destas orientações importantíssimas para se conscientizarem de que somos sim responsáveis pelos nossos atos, o que plantamos, vamos colher... E que as degradações que temos coragem de fazer hoje em nosso planeta, não é para os outros que estamos deixando e sim para nós mesmos, amanhã quando reencarnarmos, estaremos em contato com as mazelas que deixamos... Recebi uma surpresa excepcional de meu filho Erick Ibelli através da psicografia de Rosane Amantéa, vocês podem fazer a postagem... http://umanjochamadoerickibelli.blogspot.com
ResponderExcluirA psicografia recebida pela Rosane Amantéa fala sobre as eleições e sobre um de nossos ex-presidentes.Obrigada, Irene Ibelli
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