Quando observamos, da praia, um veleiro a afastar-se da costa, navegando mar adentro, impelido pela brisa matinal, estamos diante de um espetáculo de beleza rara. O barco, impulsionado pela força dos ventos, vai ganhando o mar azul e nos parece cada vez menor.
Não demora muito e só podemos contemplar um pequeno ponto branco na linha remota e indecisa, onde o mar e o céu se encontram.
Quem observa o veleiro sumir na linha do horizonte, certamente exclamará: já se foi ? Terá sumido? Evaporado? Não, certamente. Apenas o perdemos de vista. O barco continua do mesmo tamanho e com a mesma capacidade que tinha quando estava próximo de nós. Continua tão capaz quanto antes de levar ao porto de destino as cargas recebidas. O veleiro não evaporou, apenas não o podemos mais ver.
Mas ele continua o mesmo. E talvez, no exato instante em que alguém diz: já se foi ? Haverá outras vozes, mais além, a afirmar: "lá vem o veleiro" !!! Assim é a morte .
Quando o veleiro parte, levando a preciosa carga de um amor que nos foi caro, e o vemos sumir na linha que separa o visível do invisível, ele não evaporou. Apenas o perdemos de vista.
O ser que amamos continua o mesmo, suas conquistas persistem dentro do mistério divino.
Nada se perde, a não ser o corpo físico de que não mais necessita. E é assim que, no mesmo instante em que dizemos: "já se foi"; no além, outro alguém dirá : "já está chegando". Chegou ao destino levando consigo as aquisições feitas durante a vida.
Na vida, cada um leva sua carga de vícios e virtudes, de afetos e desafetos, até que se resolva por desfazer-se do que julgar desnecessário.
A vida é feita de partidas e chegadas. De idas e vindas. Assim, o que para uns parece ser a partida, para outros é a chegada. Assim, um dia, todos nós partimos como seres imortais que somos todos nós ao encontro daquele que nos criou.
Sobre original de Victor Hugo. Leia texto original, extraído do livro "Reencarnação através dos Séculos”.
1 Comentários
Gostaria muito se possível receber uma psicografia de minha mae, Terezinha cresti falecida em 13/10/2002 ou de meu pai falecido no dia 24/10/2009 por favor eu tenho muitas saudades dos dois e precisava pedir perdão para o meu pai, e na deu tempo, isto me amargura demais, agradeço desde já a atenção, que Deus abençoe a todos .
ResponderExcluirClaudia cresti.meu email claudiacresti@Hotmail.com
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